Déjà-vu

Tinha esquecido de tanta coisa. A única coisa que eu lembrava era da felicidade de ver os números na balança estavam diminuindo.
Tinha esquecido como era facil ficar sem comer.
Tinha esquecido de como eu me sentia orgulhosa indo dormir com fome.
Tinha esquecido da culpa abismal depois de comer e se sentir satisfeita. Mesmo sendo uma coisa pouquíssimo calorica.

Acabei de almoçar (1/3 de uma porção de beterraba e um bolinho de arroz integral com legumes, menos de 200kcal no total), e acho que eu nunca me senti tão culpada por ter comido alguma coisa ultimamente. Mesmo quando eu saia pra comer pizza com meus amigos, mesmo quando eu tinha preguiça de cozinhar e comia um pacote de biscoito na hora do jantar.
Ontem foi igual, tomei café da manhã, comi uma tangerina de tarde e só. Passei uma hora na academia, e mesmo assim de noite a única coisa que eu consegui comer foi um copo de leite.

Enfim, me pesei ontem e tava com 53.7. Perdi 100g. Ok, pouquinho, mas melhor isso do que o contrario, né.

Taí, ó, gente, thinspiration pra vida. É possivel nascer Mallu Magalhães esquisitinha quirky pixie-dream-girl-só-que-não e de repente virar essa coisa ai velha e louca e linda e magra para caralho. E ainda canta essa música impossivel de se odiar com essa carinha de quem ta sambando na cara das recalcadas. Nunca pensei que fosse dizer isso um dia, mas quando eu crescer quero ser a Mallu.